Abril 2024

Um mês em Kuala Lumpur

Aluguei um apartamento no 25º andar de um edifício no bairro Bukit Bintang em Kuala Lumpur, capital da Malásia. Olhando pela janela, meu prédio parece baixinho perto da torre vizinha, Merdeka 118, que, como o nome sugere, tem 118 andares, mais uma antena espiral que leva a altura a mais de 700 metros. É o segundo edifício mais alto do mundo, atrás do Burj Khalifa em Dubai.

(Sim, amigos lusófonos, o nome do prédio é Merdeka, que em malaio significa "independência". Temos Merdeka Tower, Merdeka Stadium, Merdeka Square...)

Também visitei as famosas Petronas Towers, as torres gêmeas mais altas do mundo, que são muito bonitas e oferecem excelentes vistas do 88º andar e da skybridge no 42º andar, que liga as duas torres.

Kuala Lumpur significa "confluência enlameada”, que não é um nome auspicioso, e se refere ao local onde os rios Gombak e Klang se encontram. Bukit Bintang significa “colina das estrelas”. É um bairro cheio de shopping centers e hotéis. A vida dentro dos shopping centers parece radicalmente diferente, não só pelo contraste entre o ar condicionado forte do lado de dentro e o calor abafado do lado de fora mas também pela cultura ocidentalizada oferecida, das marcas internacionais de luxo aos restaurantes bem arrumadinhos.

Outros lugares que visitei em Kuala Lumpur foram parques (KLCC Park, Titiwangsa Lake Park, Perdana Botanical Garden) e museus (National Art Gallery, Muzium Negara, Urban Museum, Aquaria).

Petronas Towers
Merdeka 118
Promoção de hijabs

E a comida?

Comi muito nasi goreng (arroz frito misturado com carne e legumes), nasi lemak (arroz cozido com leite de coco e umas folhas chamadas pandan, servido com carne e legumes), e pato assado. Também comi muita comida japonesa, que encontramos por todos os lados. Cada shopping center que visitei tinha pelo menos uma dúzia de restaurantes japoneses.

Nasi Gorang

Infortúnios em Kuala Lumpur

(Uma longa história de incomodações me perseguindo na Malásia e mais além.)

Cheguei em Kuala Lumpur numa noite de sexta-feira. No sábado, meu computador parou de funcionar. Tive que esperar até segunda-feira para que os técnicos pudessem examinar o laptop, mas ninguém conseguiu resolver o problema. Então fui ao website da Apple e encomendei um MacBook Pro com as melhores configurações, para ser entregue na Malásia. Passada uma semana, fui ver se já havia uma data para a entrega e descobri que o pedido tinha sido cancelado, sem explicações. Tentei novamente, e no dia seguinte a Apple tinha cancelado o pedido mais uma vez. Pedi a um amigo nos EUA para fazer a compra para mim, mas o website não lhe deu opção para entregar fora do país. Pedi a uma amiga no Brasil, mas os preços lá são o dobro do preço em outros países. Enquanto eu fazia tudo isto, meu iPhone também parou de funcionar. Via wifi ainda dava para fazer algumas coisas, mas a parte de telefonia deixou de estar disponível.

Finalmente aceitei a ideia de adquirir um computador bem menos potente que o que eu poderia obter online, e fui a uma loja para comprar o que encontrasse. Aí o meu cartão do Bank of America card foi bloqueado quando tentei fazer a compra. Telefonar para o banco (o que em si já foi um problema porque meu iPhone estava pifado) não resolveu, eles insistiram que só poderiam confirmar minha identidade com um número de telefone dos EUA ou pessoalmente numa agência do banco. Sem computador, sem telefone, sem acesso à minha conta bancária, ir aos EUA parecia realmente a única solução razoável.

Foram 30 horas de viagem: 1 hora de táxi ao aeroporto + 4 horas de espera (porque meu voo saiu atrasado) + 7.5 horas de avião até Dubai + 2 horas de espera no aeroporto + 14.5 horas de avião até New York + 1 hora de táxi até a casa da minha amiga.

Em New York, consegui resolver alguns dos problemas. Meu cartão foi desbloqueado (mas precisei de alguns telefonemas e duas visitas ao banco). Comprei um computador novo (na loja da Apple, com configuração mais simples que eu gostaria). O computador antigo continua em coma, recusando-se a mostrar todas as informações que estão lá dentro. O iPhone precisa de novas peças, mas como o comprei na Espanha o conserto só pode ser feito lá porque nos EUA as peças são diferentes. Felizmente, meu próximo destino é Barcelona, então espero poder resolver por lá os problemas restantes.

MacBook Pro novo

E agora?

Barcelona me espera, estarei lá em alguns dias.
Mas esta é uma história para outra hora.
Parlem aviat! (Isto é "nos falamos em breve" em catalão.)

Petronas Towers
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