Maio 2022

Seis semanas na Bulgaria

Morar na Bulgária é uma experiência interessante. Especialmente porque eu não entendo búlgaro. O primeiro desafio é o alfabeto cirílico. Tudo parece estar escrito num código que você precisa decifrar para saber o que eles estão dizendo. Essa parte eu consegui aprender. Em alguns casos você tem sorte e, depois do processo de decifração, aparece uma palavra familiar, como kroazan (croissant) ou shokolad (chocolate). Mas o mais comum é encontrar alguma coisa como shtastliveca (é o nome de um restaurante, significa "O Sortudo"). Eu só aprendi algumas palavras, como praskova (pêssego) or yagoda (morango) or sirene (queijo). A maior parte das pessoas daqui não fala inglês.
As crianças agora aprendem inglês na escola, mas os mais velhos frequentemente só falam búlgaro e russo. Se você precisar de alguma informação, procure um adolescente: eles habitualmente falam inglês muito bem e gostam de ajudar.

Meu apartamento em Sofia é excelente. Bem espaçoso, com grandes janelas e uma varanda com vista para um parque. Ao fundo, vejo a montanha Vitosha e o seu pico coberto de neve (mesmo na primavera). Estou numa área residencial que também tem vários cafés e restaurantes, algumas embaixadas, e a sede da Televisão Nacional da Bulgária. Quase todos os dias dou caminhadas pelos parques mais próximos: Zaimov Park (é o nome de um espião russo), Doctors' Garden (comemorando os médicos que morreram na guerra russo-turca), e Knyazheska Garden (que tem um monumento imenso dos tempos soviéticos celebrando o exército russo).

E a comida?

Há um número surpreendente de restaurantes italianos em Sofia. E mesmo restaurantes genéricos habitualmente servem pizzas e massas. A outra opção popular são restaurantes que parecem clones do Hard Rock Cafe: redes como Happy ou Ginger, tocando música techno em alto volume e servindo hamburgers, pizzas, sushi, e outros pratos em estilo internacional. No meio disso tudo, não é fácil encontrar comida tradicionalmente búlgara. Eu consegui achar um par de restaurantes que servem alguns deliciosos clássicos búlgaros. Meus preferidos foram uma perna de ovelha assada no forno com batatas e uma perna de pato assada no forno com beringela e tomate.

E tem também Plovdiv

Plovdiv é a segunda maior cidade da Bulgária, com uma rica história e mais de 200 sítios arqueológicos. Depois de conquistada pelo Filipe II da Macedônia (pai do Alexandre o Grande), ganhou o nome de Filipopolis, pelo qual ficou conhecida durante séculos. Eu visitei vários lugares históricos em Plovdiv, incluindo, entre outras atrações, o Teatro Romano de Filipopolis (construído no século 1 EC), o Estádio de Filipopolis (construído no século 2 EC), e as muralhas fortificadas de Nebet Tepe (construídas no século 4 AEC). Encontrei também um restaurante chamado Hemingway, onde comi uns memoráveis bifes de porco com purê de aipo e tomates secos.

E agora?

Amanhã me mudo para Bucareste, capital da Romênia, onde ficarei até meados de julho. La revedere! ("até mais ver" em romeno)

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