Seis semanas na Bulgaria
Morar
na Bulgária é uma experiência interessante. Especialmente porque eu não
entendo búlgaro. O primeiro desafio é o alfabeto cirílico. Tudo parece
estar escrito num código que você precisa decifrar para saber o que eles
estão dizendo. Essa parte eu consegui aprender. Em alguns casos você
tem sorte e, depois do processo de decifração, aparece uma palavra
familiar, como kroazan (croissant) ou shokolad (chocolate). Mas o mais
comum é encontrar alguma coisa como shtastliveca (é o nome de um
restaurante, significa "O Sortudo"). Eu só aprendi algumas palavras,
como praskova (pêssego) or yagoda (morango) or sirene (queijo). A maior
parte das pessoas daqui não fala inglês.
As crianças agora aprendem inglês na escola, mas os mais velhos
frequentemente só falam búlgaro e russo. Se você precisar de alguma
informação, procure um adolescente: eles habitualmente falam inglês
muito bem e gostam de ajudar.
Meu apartamento em Sofia é excelente. Bem espaçoso, com grandes janelas e
uma varanda com vista para um parque. Ao fundo, vejo a montanha Vitosha
e o seu pico coberto de neve (mesmo na primavera). Estou numa área
residencial que também tem vários cafés e restaurantes, algumas
embaixadas, e a sede da Televisão Nacional da Bulgária. Quase todos os
dias dou caminhadas pelos parques mais próximos: Zaimov Park (é o nome
de um espião russo), Doctors' Garden (comemorando os médicos que
morreram na guerra russo-turca), e Knyazheska Garden (que tem um
monumento imenso dos tempos soviéticos celebrando o exército russo).
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